terça-feira, 16 de setembro de 2008

"Ô patrão! É dez reáu!"


HUhuhauHAUhau, outra coisa que o Damas me mostrou que não posso deixar passar. Veja como esses flanelinhas são fodas, heh.

A última vez que precisei usar os meus poderes de X men, quer dizer, de ator, foi no 31 de dezembro. Faltava mais ou menos uma hora para os fogos. Eu passei na casa da minha mãe pra me despedir, desejar feliz ano novo e tal. Nessa época, ela morava na rua Miguel de Frias. (A rua tem um nome que era o prenúncio do que estava por vir… FRIAS!)

Não tinha onde parar, obviamente e eu rodei até que milagre: achei uma vaga! Era super-híper apertada, mas eu enfiei meu corsinha ali. Desliguei o carro e já ia saindo quando surge correndo, com a mão esticada na minha direção um NEGÃO. ( o negão era tão negão, tão grande, que só grafando assim, em caixa alta)

- É dez reáu!
- …
- Ô patrão! É dez reáu!

- Ok, na volta a gente vê. - tática de engabelamento do flanelinha. Página 66 do manual de sobrevivÊncia na cidade grande. Parágrafo dois item um:

“Não tendo outro jeito diga ao flanelinha que você vai pagar na volta. E ao voltar, diga que já pagou a um outro com a camisa do flamengo. Sempre vai ter um puto com a camisa do flamengo. Ele vai sair na porrada com algum outro cara e você sai vazado sem pagar a extorção.”

- Não, não. Na volta não, patrão. Paga agora ou não pára!

-Quê? - Nessa hora a Nivea já começa a apertar suavemente meu braço. Pelo apertão eu sinto que ela quer dizer em código: Fudeu. Pága, pága!!!! E eu começo a discutir: - Vou pagar na volta PORRA! - o porra foi assim mesmo, mais alto pra ressalttar meu aspecto agressivo. Pra enfeitar a ação, eu jogo a Nivea delicadamente para trás de mim, como convém um macho homo sapiens.

Heheh, Flanelinha é osso mesmo, mas essa aqui eu queria ser abordado...